O amor bom é quentinho

  • Jornada da Escrita Amorosa - 1° DIA
O amor é novo? O amor é antigo? Há quem diga, em meio a suspiros, que o amor ("ah o amor...") é atemporal. O amor que clareia, ilumina. O amor que trata e cura. O amor que escurece, para que consigamos enxergar o genuíno da vida, o que há de mais essencial. O amor que trança corações de forma incondicional, seja pelo umbigo umbilical ou pelo afeto: amor de mãe e pai, amor que ilumina e dá sentido para tudo. O amor em estado "caliente". O clássico amor latino. Aquele que embala os casais, nasce no âmago da paixão e, ao longo do tempo, se transforma em uma chama mais serena e branda, mas ainda sim amor. O amor entre almas que se reconhecem instantaneamente, que dispensa qualquer toque, apenas um olhar já é o suficiente para que a compreensão mútua aconteça. O amor semelhante ao vinho que com o tempo só melhora na sua doçura. 


O amor que não é vinho, mas é tão doce quanto... assemelhando-se a um bolo de cenoura com cobertura de chocolate por sua solidez. O amor líquido, aquele exuberante, mas que escorre pelos dedos, que se esvai com o piscar dos cílios. O amor que chega a minguar, dando ensejo a um novo amor que extravasa de tanto frescor. O amor do poeta que é eterno enquanto dura e aquele amor que transcende, além da vida. O amor avassalador, que desespera, que chega de supetão e some sem deixar vestígios. E o amor paciente, daqueles que desejam a sorte de um amor tranquilo, que permanece. O amor que dá frutos... O amor fraterno, entre irmãos, sejam os laços de sangue ou não. Amor sagrado. Amor festivo. Amor que dói. Amor que acalenta. Amor que fere. Amor que cicatriza. Amor que corrói. Amor que envolve. Amor que liberta... "Quem inventou o amor, me explica, por favor" Dessa vez vou junto com Legião e continuarei indagando o que é o amor... a única certeza que tenho é que o amor tem seu calor próprio que nem café! Mesmo em meio ao inverno glacial, adaptando as palavras do cronista Ivan Martins: "o amor bom é facinho", pode até ser... mas eu ainda digo mais: o amor, seja na solitude ou na companhia, não tem espaço para a frieza, porque "o amor bom é quentinho!"

[ carol gaertner ]

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